“O Brasil tem, hoje, as melhores universidades do mundo!” (Domenico de Mais)
Prezados Geonautas,
Comentários aos post do Blog Scienceblog (e Facebook) sobre a frase de Domencio de Masi, Considerando o pensamento de Milton Santos:
"O intelectual existe para criar o desconforto, é o seu papel. E ele tem que ser forte o bastante sozinho para continuar a exercer esse papel. Não há nenhum país mais necessitado de verdadeiros intelectuais, no sentido que dei a esta palavra, do que o Brasil"
Tenho grande admiração pelo pensador Domenico de Masi, meu
post após a participação dele no Roda Viva da Tv Cultura, mostra um pouco o que
penso: Domenico de Masi
e o ócio criativo, (22-01-13). Mas com todo respeito,
discordo da frase dele e da maioria no blog (Science blog),
não no todo, mas em parte. Creio que ele e muitos outros, devem concordar que a
nobreza no Brasil está no povo.
As nossas universidades são derivadas de nossas elites,
"elites marginais", segundo Raymundo Faoro, que vem da aristocracia,
aqui prevalece o privilégio e o status quo, e não as leis (Milton Santos).
A sociedade brasileira, estamos ainda na adolescência, e a
universidade é derivada dela, ou será que existe uma ilha nas universidades?
Existe ilhas de excelência nas universidades sim, mas no
geral é uma ilhas da fantasia, a realidade entre a nossa sociedade e a
realidade das universidades não é só de hiato, é um abismos. Bem diferente por
exemplo, entre as Universidades e a sociedade dos EUA e da Europa.
Um exemplo para nos comparar, não com as universidades consideradas TOP, mas com a Coréia: A relação entre Teses e Patentes na Coréia é acima de 20 vezes comparada com o Brasil.
Um exemplo para nos comparar, não com as universidades consideradas TOP, mas com a Coréia: A relação entre Teses e Patentes na Coréia é acima de 20 vezes comparada com o Brasil.
Estamos assistindo a quebra do mito da razão e da fé do
modelo eurocêntrico de mundo dos últimos séculos, dai nossa importância no
cenário, mas insisto, como Eduardo Viveiros de Castro, Laymert Garcia dos
Santos, José Miguel Wisnik, entre outros, a nossa nobreza está no povo, e quem
da as cartas ainda é a casa grande, a pedantocracia do academissismo, derivada
do estamento da aristocracia desde o império.
Há esperança no futuro, na construção de um novo futuro que
inclua a nobreza do povo, não necessariamente no nosso tempo de nossa vida,
tempo breve, como disse Norbert Elias, mas no tempo curto (político, Conjuntural),
de décadas, e no tempo estrutural, de longa duração (longue durée, Fernand
Braudel).
Ele, Domenico de Masi, jogou uma isca e mordemos de forma
fácil, muito fácil.
Sds,
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