sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Milton Santos e o que é ser intelectual no Brasil


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“O Brasil tem, hoje, as melhores universidades do mundo!” (Domenico de Mais)

Prezados Geonautas, 
Comentários aos post do Blog Scienceblog (e Facebook) sobre a frase de Domencio de Masi, Considerando o pensamento de Milton Santos:
"O intelectual existe para criar o desconforto, é o seu papel. E ele tem que ser forte o bastante sozinho para continuar a exercer esse papel. Não há nenhum país mais necessitado de verdadeiros intelectuais, no sentido que dei a esta palavra, do que o Brasil"

Tenho grande admiração pelo pensador Domenico de Masi, meu post após a participação dele no Roda Viva da Tv Cultura, mostra um pouco o que penso: Domenico de Masi e o ócio criativo, (22-01-13). Mas com todo respeito, discordo da frase dele e da maioria no blog (Science blog), não no todo, mas em parte. Creio que ele e muitos outros, devem concordar que a nobreza no Brasil está no povo.
As nossas universidades são derivadas de nossas elites, "elites marginais", segundo Raymundo Faoro, que vem da aristocracia, aqui prevalece o privilégio e o status quo, e não as leis (Milton Santos).
A sociedade brasileira, estamos ainda na adolescência, e a universidade é derivada dela, ou será que existe uma ilha nas universidades?
Existe ilhas de excelência nas universidades sim, mas no geral é uma ilhas da fantasia, a realidade entre a nossa sociedade e a realidade das universidades não é só de hiato, é um abismos. Bem diferente por exemplo, entre as Universidades e a sociedade dos EUA e da Europa. 
Um exemplo para nos comparar, não com as universidades consideradas TOP, mas com a Coréia: A relação entre Teses e Patentes na Coréia é acima de 20 vezes comparada com o Brasil.
Estamos assistindo a quebra do mito da razão e da fé do modelo eurocêntrico de mundo dos últimos séculos, dai nossa importância no cenário, mas insisto, como Eduardo Viveiros de Castro, Laymert Garcia dos Santos, José Miguel Wisnik, entre outros, a nossa nobreza está no povo, e quem da as cartas ainda é a casa grande, a pedantocracia do academissismo, derivada do estamento da aristocracia desde o império.
Há esperança no futuro, na construção de um novo futuro que inclua a nobreza do povo, não necessariamente no nosso tempo de nossa vida, tempo breve, como disse Norbert Elias, mas no tempo curto (político, Conjuntural), de décadas, e no tempo estrutural, de longa duração (longue durée, Fernand Braudel).
Ele, Domenico de Masi, jogou uma isca e mordemos de forma fácil, muito fácil.
Sds,

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